segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Nao vaz...


Não, não partas já, espera um pouco ainda, espera que o tempo passe e nos apazigúe a alma nos arrefeça os ímpetos e nos faça voltar à terra, a essa estúpida e reguladora rotina que nos rege os dias e as noites e nos faz sentir que afinal somos pessoas normais, donas da nossa vida e do nosso coração.
Espera só um momento, deixa que o silêncio perpetue os nossos momentos de perfeição, a comunhão das nossas almas em noites passadas em claro, em conversas ligadas por um fio invisível, o fio do desejo, daquele desejo duradouro e certo que o tempo não mata, só ajuda a cimentar, que a distância não destrói, só ajuda a alimentar.
Espera só mais um instante, até que a tua memória quente cristalize os nossos momentos e os preserve como um tesouro secreto por mais ninguém descoberto e cobiçado.
Guarda bem estes instantes, num lugar qualquer entre a tua cabeça e o teu coração, que deve ser mais ou menos onde se situa a alma e espera que o tempo te diga se o que sentes vai crescer e dar sentido à tua vida.

Apenas desabafos



Preciso seguir o meu caminho, mesmo não podendo esquecer que foste a minha melhor aventura e que há meses se tornou saudade.
Eu preciso partir, mesmo sabendo que em cada esquina dessa estrada eu vou'te encontrar , seja numa canção, numa poesia ou quando de repente por um instante eu estar feliz.
Preciso ir agora, mas tu... Estarás em mim em cada lágrima que rolar, em cada sorriso que pintar, em cada primavera que acontecer.
Estou'me a ir embora mas vou levar o teu calor, pra no inverno não morrer de solidão, preciso ainda de levar o teu sorriso pra acalmar a minha dor, pois sem ti a dor é a única coisa certa em mim.
Não pretendo despedir'me, mas vou te deixar o meu coração, embora há tempos ele não me pertence.
Vou embora agora, aqui já não existe vida para mim, tu fizeste a minha vida e agora não consigo viver.
Vou seguindo, sem olhar pra trás, a vontade de voltar estará a seguir'me a qualquer momento ela pode'me alcançar.
O momento é esse, é chegada a hora de confessar-te que não pretendo nunca mais voltar.
Basta que tu me dês a mão, que mates as saudades que sinto dos teus beijos, ou que mesmo sem palavras me reveles o teu amor e nesse mesmo instante eu estarei contigo.
Mas enquanto tu não vens, continuo a seguir o meu caminho, levo comigo toda esta bagagem de lembranças, sem nunca hesitar em dizer:
Tu és o melhor de mim, ainda te amo...